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Esta publicação disponibiliza uma análise das tendências do mercado alimentar. Sob o cenário global do aumento generalizado de preços, preocupação com as alterações climáticas e crescente incerteza da ofensiva russa na Ucrânia, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) prevê que em 2022 o mercado alimentar seja alvo de fortes e preocupantes constrangimentos.

Neste contexto, a edição de junho 2022 do relatório integra dois capítulos especiais: análise do aumento dos preços de matérias-primas agrícolas, dos combustíveis e dos fertilizantes e respetivos efeitos no mercado alimentar, em particular junto dos países mais dependentes de importação; análise da crescente incerteza causada pela invasão russa à Ucrânia e os riscos que ela acarreta para os mercados mundiais de alimentos e para o abastecimento e segurança alimentar a nível global.

A FAO também integra no relatório uma análise dos desenvolvimentos mais recentes no mercado global de vários alimentos (exemplos: cereais, oleaginosas, açúcar, leite, carne e peixe), apresentando de forma sucinta as principais tendências a curto prazo.

No caso da carne, o relatório refere que a produção mundial de carne deverá expandir moderadamente (1,4%) em 2022, apesar de um ambiente de produção desafiador caracterizado por doenças animais generalizadas, conflitos e custos crescentes das matérias-primas. Este aumento de produção será suportado essencialmente pela produção de carne (de porco) na China, mas também Brasil, Austrália e Vietname, que compensam as reduções nomeadamente da Europa EUA e Canadá. O relatório prevê, a este propósito, um crescimento de 8% da produção da carne de porco na China, que ultrapassará os níveis anteriores à PSA. A carne de porco será por este motivo a carne com maior aumento de produção. As principais quebras na produção de carne de porco serão na UE, Tailândia, EUA, Ucrânia e Canadá.

Relativamente ao comércio mundial de carne e produtos cárneos também se prevê apenas um crescimento muito modesto em 2022, refletindo disponibilidades limitadas dos principais países exportadores e um provável declínio nas importações de carne suína pela China. Este factor será responsável um uma retração do comércio mundial de carne de porco em 4,0% face a 2021. Esta redução é provocada principalmente por importações mais baixas previstas pela China, Vietname e Chile, mas é parcialmente compensada por compras mais altas pelos EUA, Reino Unido, Coreia do Sul, México, Japão, República Dominicana e Filipinas.

Pode consultar o relatório aqui.

 Fonte: GPP e análise Filporc